Flanar por São Paulo com as amigas é um dos meus programas prediletos e a cidade sempre apresenta ótimas oportunidades para vermos algo novo, que esteja de passagem ou passou desapercebido. Desta vez, aproveitamos a oportunidade do Aberto3, uma plataforma de exposições itinerantes, realizadas em espaços inusitados, para conhecer duas casas incríveis: a casa-ateliê de Tomie Ohtake e a da arquiteta Chu Ming, que criou o orelhão, marca das cidades brasileiras durante décadas.
São dois projetos de casas naquele estilo de concreto conhecido como Brutalismo Paulista, que assustam em um primeiro momento, mas encantam pela luminosidade e beleza, e parecem feitos para destacar obras de arte, como as que faziam parte da exposição. No entanto, em meio a obras da própria Tomie, da Adrian Varejão, do Tunga e muitos outros artistas contemporâneos, eram as próprias casas, com suas excentricidades, o que mais chamava a atenção.
Na de Tomie, projetada por seu filho Rui Ohtake, é impossível não se divertir com o tamanho minúsculo dos quartos, que nem janelas têm, pensados para que os espaços coletivos fossem usados.
No projeto de Chu, escadas pra todo lado criam ambientes lúdicos, cantinhos inesperados também para o convívio. Como diz o texto de apresentação das exposições, são “dois projetos gestados em família, de alma feminina e oriental”.
Que venham outros achados como este.
Pensar em adaptação do saneamento básico às mudanças climáticas, em uma semana de sol em São Paulo às vésperas do Carnaval, parece uma péssima ideia. Ninguém quer se lembrar de problemas relacionados a chuvas ou falta de chuvas, que, no caso da cidade, remete a inverno. Mas, talvez, justamente por estarmos fora da emergência, seja o melhor momento. Ainda mais porque a maior parte das adaptações necessárias também pode minimizar esse calor em ondas cada vez mais fortes. Em “Adaptação e Saneamento - Por um setor resiliente às mudanças climáticas" , publicação recém-lançada pelo Instituto Água e Saneamento (IAS), da qual participei, mostramos por que a adaptação dessa área é fundamental para garantir o bem viver nas cidades. Sem uma drenagem pensada para a nova realidade, ficaremos sem mobilidade – a parte mais visível da equação -, mas também sem abastecimento de água, sem tratamento adequado de esgotos, sem habitações de qualidade e com sérios problemas de saúde pública. Na pesqu...
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