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Mostrando postagens de junho, 2019

Amianto deveria ser discussão encerrada

Deixei o pudor de lado e assumo meu lado chata de galocha. Em um mundo cada vez mais idiotizado, onde quem olha o copo meio vazio é destinado à marginalização, estou me encaminhando pra lá. Me desculpem os felizes de plantão, mas o copo do Brasil está meio vazio e está furado. São tantos os absurdos e retrocessos, que ficar colecionando limões para fazer limonada vai acabar afogando todo mundo. Dos descalabros mais óbvios, do tipo armar a população e deixar criancinhas a voar soltas nos carros, todos os neopoderosos tiram da cartola pacotes de maldades menos populares, mas também nocivos, que podem passar desapercebidos no tsunami de incêndios que a sociedade civil organizada – ou, em bom português, que pensa – tem que apagar. Fibra de amianto: imagina ela no seu pulmão! Uma desses pacotes, que parecem não morrer nunca, é a volta da discussão para a liberação da produção de amianto, encabeçada por políticos de Goiás, onde fica a mina finalmente fechada em 2017, quando o Supremo

Cidade de São Paulo aprova política de segurança hídrica

O momento político é tão desalentador que, quando temos uma boa notícia, dá até medo de comentar e alguém da turma dos neoempoderados da brigada do “vamos acabar com tudo que há de civilizado no país” se entusiasmar e pegar mais uma causa para detonar. Ainda mais na Semana do Meio Ambiente – por isso vamos nos benzer antes. Mas o fato é que, na última sexta-feira (31/5), a prefeitura de São Paulo sancionou a lei que institui a Política Municipal de Segurança Hídrica. Rio Pinheiros, aquele eternamente na fila de despoluição. Tudo bem que é, ainda, apenas um documento, mas sinaliza em uma direção de avanço significativo. E é resultado de uma iniciativa da sociedade: a campanha Vote pela Água, da Aliança da Água, lançada durante a eleição municipal de 2016. Para quem não sabe ou não se lembra, a Aliança foi formada durante a crise da água de 2014, quando a cidade de São Paulo quase entrou em colapso de abastecimento por conta da seca severa, que praticamente zerou a capacidade de