Mudanças climáticas à parte, quando chega o final do ano
sabemos o tipo de verão que teremos. No ano passado, chuvoso e ameno (para o
meu gosto, frio!); neste, quentíssimo e, por enquanto, não tão chuvoso.
Traduzindo: tem feito um calorão e este é o assunto obrigatório do paulistano
da hora que levanta até deitar para dormir (se conseguir, pois ar condicionado
e ventilador não costumam ser artigos de primeira necessidade por aqui e poucos
os têm em casa).
Falar do tempo é tão compulsivo que chego a acreditar que,
se não houvesse alteração de temperatura e umidade, não teríamos como puxar uma
conversa. As subidas e descidas nos elevadores, as várias esperas - do carro no
estacionamento ou do ônibus/metrô/trem nas estações, da fila do banco, da
consulta médica – seriam um tédio solitário. Talvez isso não valha para a nova
geração que enterra a cara em seus equipamentos eletrônicos e para quem tanto
faz se houver um tsunami do lado de fora.
O assunto também é ótimo quando não queremos complicação. Se
encontramos aquele chato que já vem com lamentações ou histórias
desinteressantes e intermináveis, podemos encompridar a conversa sobre o tempo à
exaustão! Uma chuva ou uma noite quente tem que render até termos a certeza de
podermos nos despedir sem traumas. O mesmo vale para casais brigados em uma
refeição que pode parecer infinita ou prestes a terminar em fogo. Também é bom
para fim de ano, quando se está sem assunto, mas com saudade de escrever no
blog...
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