Aos que, como eu, gostam de se
aventurar por São Paulo, o centro cultural Casa Bradesco, inaugurado no mês
passado no Complexo Matarazzo, na rua Itapeva (perto da avenida Paulista), é
mais uma opção imperdível. Faça como eu e minhas amigas: erre a entrada e passe
por dentro do hotel Rosewood. Desde que era adolescente e me embasbacava ao
descer as escadas rolantes do Maksoud Plaza (infelizmente agora fechado), não
entrava em hotel tão bonito em São Paulo. Esqueça a ideia de hospedar-se lá,
pois provavelmente não é para seu bico (nós perguntamos quanto era a diária!).
Voltando ao centro cultural,
foi aberto com uma exposição do artista plástico indo-britânico Anish Kapoor,
um dos grandes nomes da arte contemporânea. Suas obras são imensas e
impactantes, com muito vermelho vivo, daquelas que nos permitem de alguma
maneira interagir com elas, ao nos vermos refletidas em seus relevos. As que
mais gostamos, porém, são pintadas com uma tinta especial que absorve quase
toda a luz e não reflete basicamente nada. A monitora nos contou que é um
material desenvolvido para a indústria e patenteado por Kapoor para obras de arte.
Como estou ficando boazinha, não vou dar spoiler do que se trata, mas vale à
pena ver.
Para visitar o novo espaço, é
preciso agendar pelo APP, que é nada amigável, nem adianta chegar sem marcar. O
ideal é ir de terça-feira, como nós fizemos, porque é de graça. Aliás, acho que
o Bradesco não está precisando de mais dinheiro, poderia ser sempre gratuito como
o CCBB ou o Itaú Cultural; bancos já são ricos o bastante e podem fazer esse
favorzinho para a cidade.
Além da exposição, tomamos ali
um dos melhores cafés das nossas vidas. Se é sempre tão bom ou tivemos muita
sorte, não sei dizer. Mas recomendo. A saída é pelo jardim do Complexo
Matarazzo, também muito bonito. O trabalho de restauração e adaptação do lugar foi
caprichado, assim como a da capela, pela qual é obrigatório dar uma passadinha.
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