Quem me conhece sabe da
importância que participar de um clube de leitura tem na minha vida. Especial
para mim e para as demais membras, o Círculo Feminino de Leitura-CFL, ao invés
de se tornar rotina, foi ganhando maior espaço em nossas vidas ao longo do
tempo e transfomou nossa maneira de ver o mundo. Por isso, ao receber da Nivia,
uma de minhas companheiras de CFL, uma foto do livro Clubes de Leitura – Uma
aposta nas pequenas revoluções (Solisluna Editora), de Janine Durand e
Luciana Gerbovic, fiquei com coceira nos olhos e fui correndo comprar.
As autoras escrevem a
partir de suas experiências de mediadoras de clubes de leitura e abordam o
potencial da literatura como caminho para libertação pessoal. Advocam que a
literatura é um Direito Humano, mas pouco respeitado no Brasil. As duas são
articuladoras do Programa Remição em Rede, que fomenta clubes de leitura em
unidades prisionais para remição da pena por meio da leitura. Trazem depoimentos
tocantes de pessoas transformadas pelos livros em presídios, escolas,
comunidades.
A obra é, ainda, quase um
curso sobre a mediação de clubes de leitura, defendida com entusiasmo pelas
autoras, o que me surpreendeu. O círculo do qual faço parte há anos não tem
mediação. Participo eventualmente de um outro grupo com uma mediadora e gosto
bastante, embora seja uma experiência bem diferente, quase uma aula sobre o
livro discutido.
Lendo Janine e Luciana,
porém, percebi que temos, no CFL, uma mediação compartilhada entre as membras,
construída ao longo do tempo de convivência. Acredito que nosso modelo é mais
uma alternativa para multiplicar tanto a criação de clubes de leitura quanto
para proporcionar a perenidade e a diversidade dos círculos.
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