Flanar por São Paulo com as amigas é um dos meus programas prediletos e a cidade sempre apresenta ótimas oportunidades para vermos algo novo, que esteja de passagem ou passou desapercebido. Desta vez, aproveitamos a oportunidade do Aberto3, uma plataforma de exposições itinerantes, realizadas em espaços inusitados, para conhecer duas casas incríveis: a casa-ateliê de Tomie Ohtake e a da arquiteta Chu Ming, que criou o orelhão, marca das cidades brasileiras durante décadas.
São dois projetos de casas naquele estilo de concreto conhecido como Brutalismo Paulista, que assustam em um primeiro momento, mas encantam pela luminosidade e beleza, e parecem feitos para destacar obras de arte, como as que faziam parte da exposição. No entanto, em meio a obras da própria Tomie, da Adrian Varejão, do Tunga e muitos outros artistas contemporâneos, eram as próprias casas, com suas excentricidades, o que mais chamava a atenção.
Na de Tomie, projetada por seu filho Rui Ohtake, é impossível não se divertir com o tamanho minúsculo dos quartos, que nem janelas têm, pensados para que os espaços coletivos fossem usados.
No projeto de Chu, escadas pra todo lado criam ambientes lúdicos, cantinhos inesperados também para o convívio. Como diz o texto de apresentação das exposições, são “dois projetos gestados em família, de alma feminina e oriental”.
Que venham outros achados como este.
Quem me conhece sabe da importância que participar de um clube de leitura tem na minha vida. Especial para mim e para as demais membras, o Círculo Feminino de Leitura-CFL, ao invés de se tornar rotina, foi ganhando maior espaço em nossas vidas ao longo do tempo e transfomou nossa maneira de ver o mundo. Por isso, ao receber da Nivia, uma de minhas companheiras de CFL, uma foto do livro Clubes de Leitura – Uma aposta nas pequenas revoluções (Solisluna Editora), de Janine Durand e Luciana Gerbovic, fiquei com coceira nos olhos e fui correndo comprar. As autoras escrevem a partir de suas experiências de mediadoras de clubes de leitura e abordam o potencial da literatura como caminho para libertação pessoal. Advocam que a literatura é um Direito Humano, mas pouco respeitado no Brasil. As duas são articuladoras do Programa Remição em Rede, que fomenta clubes de leitura em unidades prisionais para remição da pena por meio da leitura. Trazem depoimentos tocantes de pessoas transformadas pelo
Comentários
Postar um comentário